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História do Canto Coral

 

     O coro é o mais antigo entre os grandes agentes sonoros coletivos. Antigos documentos do Egito e Mesopotâmia revelam-nos a existência de uma prática coral ligada aos cultos religiosos e às danças sagradas. O termo Chóros possui um sentido bastante amplo e com o decorrer da história passou por diversos significados.

     Com uma estrutura a três vozes o coral atingiu seu apogeu no século XIII principalmente na Escola Parisiense de Notre-Dame. Com o desenvolvimento da técnica coral novas formas apareceram, em que se estabeleceu a tão comum estrutura a quatro vozes. Somente a partir do século XV o Coro começa a assumir a estrutura que é adotada atualmente. Evidentemente, esta estrutura tem suas raízes e práticas nos tempos que a precederam.

     A Prática coral foi cada vez mais se desenvolvendo e, no século XIX, o canto coral passa a ser disciplina obrigatória nas escolas de Paris. Nessa mesma época surge a ideia dos Festivais de Música, assumindo assim caráter e compromisso mais social. Importante ressaltar que em épocas passadas os Coros eram mantidos e estimulados pelos Reis, pelo Clero e pelas pessoas mais abastadas. Esse apoio visava manter os grupos de música para as festividades locais e para disseminar a doutrina religiosa, atrair e integrar os fiéis às igrejas. Também foi o elemento principal do acervo musical presente em nossos dias.

     No Brasil, o canto coral surgiu ainda no período colonial, sob influência da corte europeias. Na época, os cânticos para as missas nas igrejas já eram inspirados em músicas elaboradas para grupos vocais nas congregações existentes. A partir de então, todo o desenvolvimento artístico foi acontecendo de acordo com os movimentos na Europa. O primeiro estilo musical no Brasil foi denominado barroco "tardio", pois o movimento barroco já havia praticamente terminado no continente europeu. O canto coral ganhou destaque nacional através do Maestro Villa-Lobos e seus concertos ao ar livre com grandes corais escolares. O maestro foi o responsável pela inclusão do canto orfeônico no currículo escolar. As aulas de canto duraram até a década de 70, quando reformas educacionais criaram a disciplina de educação artística, ampliando o ensino para outras artes. Atualmente encontramos diversos grupos de canto coral participando de encontros, festivais, solenidades, explorando o universo da música coral não apenas de composições originais para coro como também de rebuscados arranjos de música popular, folclórica e até mesmo instrumental que exploram e aliam o potencial da voz às arrojadas harmonias e ritmos dos mais diferentes segmentos musicais. 

Terpsícore, uma das 9 Musas da mitologia Grega. Deusa que regia a Dança e a Música Coral

(Ânfora Grega do séc V a.C.)

Apostila de "Canto Orfeônico" utilizada até os anos 70 nas Escolas Públicas do Brasil.

Exemplo de uma partitura de coral
(Introdução de Sábia - Tom Jobim/Chico Buarque)

Comparação da extensão vocal de diferentes naipes em um teclado de piano (Clique para ampliar).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Vozes em um coral

    

      Em um coral as vozes geralmente são separadas em 4 classificações distintas, a qual chamamos de "naipes" em um coral:  Soprano, Contralto, Tenor e Baixo. São as vozes de uma forma de composição bem conhecida: a música coral, cujo nome também, popularmente, representa o grupo de pessoas que executa a tal composição. Mas estas não são as únicas possibilidades de classificação das vozes, existem diversos subdivisões entre elas e cada individuo possui nuances e timbres diferentes de cada uma delas.

       Em resumo, podemos separar as vozes em agudas, médias e graves. A voz aguda feminina é o Soprano e a masculina é o Tenor. São as vozes encontradas com maior abundância no Brasil. A voz média feminina é o Meio-soprano (ou Mezzo-soprano) e a masculina é o Barítono. Também são encontradas com facilidade no Brasil, mas bem menos em relação às vozes agudas. A voz grave feminina é o Contralto e a masculina o Baixo. São vozes raras no Brasil. Homens com a tessitura real de Baixo apesar de raros são bem mais frequentes do que a mulher Contralto verdadeiro,  este por sua vez é raríssimo e tem partituras geralmente interpretadas por Mezzo-sopranos Dramáticos (Mezzos com timbre mais aveludado e notas mais graves). Assim também ocorre com os baixos, a  maioria dos coros tem de valer-se de Barítonos para cantar a linha dos Baixos dos corais.
       Vale ressaltar que existe grande diferença entre a extensão vocal e a tessitura de uma voz, a extensão vocal diz respeito á nota mais grave e mais agudo que é possível ao cantor executar, independente da qualidade ou técnica usada. A tessitura diz respeito a gama de notas que o cantor realiza sem esforço adicional ou técnicas específicas, podemos dizer que são as notas que realiza com qualidade sonora e conforto. Em suma, a extensão representa todas as notas fisicamente realizáveis, a tessitura refere-se às notas mais frequentemente utilizáveis.

       Sabendo disso, podemos notar que existem diferenças entre diferentes peças musicais destinadas á música coral, tanto em técnica, dinâmica e tessitura vocal. A música coral clássica por exemplo utiliza-se muito mais da extensão vocal de cada naipe de vozes, prezando afinação e projeção da voz. Já arranjos de música popular utilizam-se muito mais da tessitura de cada naipe, prezando pela dicção, compreensão do sentido da peça e dinâmica entre as vozes.

Fonte: 

Júlio César; TRAPP, Mirian Gehres. O Modelo

e suas dicas de saúde. Porto Alegre: Edipucrs, 2008.

 

Mônica; BAÊ, Tutti. Canto, uma expressão: Princípios básicos de

técnica vocal. Irmãos Vitale: São Paulo, 2000

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